Ele estava sentado, sozinho, no meio da rua, em plena madrugada. O negrume não era encorajador, embora o luar enviasse um feixe de luz aos olhos dele. John levantou-se, ainda tonto, e seguiu em frente. Tudo ainda girava ao seu redor - ainda via o que não existia, ainda pensava no passado.
Como vou fazer isso parar?, pensou o bêbado. Apesar das incontáveis garrafas de álcool, alguma parte de seu cérebro continuava sóbria, bem real. Ele sabia que não lhe restava muito tempo de vida, sabia que em pouco tempo deixaria tudo e todos para trás. E logo John, que tinha ótimos amigos e uma família perfeita.
"Você vai me perdoar, Kate", murmurou ele para a escuridão. "Mas... eu não vou voltar mais.", concluiu e caiu novamente sobre o asfalto. Sua testa bateu diretamente no sólido, que imediatamente começou a sangrar. John tentou levantar-se, cambaleando, mas sua visão estava turva.
À frente, vinha um carro. O farol estava ligado e incrivelmente forte. A luz ofuscante cegou John por um instante, mas logo parou, e ele descobriu que não se tratava de um automóvel.
"Ora, ora, John", disse o anjo. John olhou-o, assustado. É só mais uma alucinação, pensou ele. Mas o anjo era muito real para isso.
"Quem é você?", perguntou o bêbado. "Sai - hic - daqui."
"Sinto muito, John, mas não posso ir sem antes cumprir minha missão." contou o anjo. Era alto, cerca de dois metros. Suas asas alvíssimas batiam levemente contra o vento; seus cabelos eram pretos e lisos, até os ombros; seus olhos refulgiam, mesmo na escuridão.
"Que... hic, missão?"
"Ora, John. Será que não percebeu o quanto Deus tem lhe salvado?"
John olhou-o enviesado. O efeito do álcool passava repentinamente. Mas John continuava a achar que era uma alucinação - não acreditava em Deus, tampouco em anjos reluzentes que apareciam no meio da noite para cumprir missões.
"Será que ainda não percebeu que, se fosse pelos acasos da sua vida, já deveria ter partido há tempo? John, não é esse o plano que Deus tem pra você. Veja seus filhos, veja a excelente esposa que Deus lhe deu! Será que ela merece isso? Um marido bêbado, à beira da morte?" indagou o anjo, sua voz de veludo ressoando na quietude.
"Você é de mentira..."
"Não sou, não, John. Eu fui enviado até aqui, no meio da noite, neste frio, para lhe trazer o conhecimento. Deus está lhe dando mais uma chance, John Albert Windsor Tasting. Reconheça-a."
John olhava atônito para o anjo. Era inacreditável; mal conseguia compreender metade das palavras que o anjo dizia. Era, obviamente, uma mentira.
"Pense, John. Se está vivo até hoje, não é por pura sorte."
A luz tornou-se ofuscante novamente, cegando John, e quando parou, era só escuridão novamente. E John continuou ali, sentado, confuso, sem saber o que pensar.
Como vou fazer isso parar?, pensou o bêbado. Apesar das incontáveis garrafas de álcool, alguma parte de seu cérebro continuava sóbria, bem real. Ele sabia que não lhe restava muito tempo de vida, sabia que em pouco tempo deixaria tudo e todos para trás. E logo John, que tinha ótimos amigos e uma família perfeita.
"Você vai me perdoar, Kate", murmurou ele para a escuridão. "Mas... eu não vou voltar mais.", concluiu e caiu novamente sobre o asfalto. Sua testa bateu diretamente no sólido, que imediatamente começou a sangrar. John tentou levantar-se, cambaleando, mas sua visão estava turva.
À frente, vinha um carro. O farol estava ligado e incrivelmente forte. A luz ofuscante cegou John por um instante, mas logo parou, e ele descobriu que não se tratava de um automóvel.
"Ora, ora, John", disse o anjo. John olhou-o, assustado. É só mais uma alucinação, pensou ele. Mas o anjo era muito real para isso.
"Quem é você?", perguntou o bêbado. "Sai - hic - daqui."
"Sinto muito, John, mas não posso ir sem antes cumprir minha missão." contou o anjo. Era alto, cerca de dois metros. Suas asas alvíssimas batiam levemente contra o vento; seus cabelos eram pretos e lisos, até os ombros; seus olhos refulgiam, mesmo na escuridão.
"Que... hic, missão?"
"Ora, John. Será que não percebeu o quanto Deus tem lhe salvado?"
John olhou-o enviesado. O efeito do álcool passava repentinamente. Mas John continuava a achar que era uma alucinação - não acreditava em Deus, tampouco em anjos reluzentes que apareciam no meio da noite para cumprir missões.
"Será que ainda não percebeu que, se fosse pelos acasos da sua vida, já deveria ter partido há tempo? John, não é esse o plano que Deus tem pra você. Veja seus filhos, veja a excelente esposa que Deus lhe deu! Será que ela merece isso? Um marido bêbado, à beira da morte?" indagou o anjo, sua voz de veludo ressoando na quietude.
"Você é de mentira..."
"Não sou, não, John. Eu fui enviado até aqui, no meio da noite, neste frio, para lhe trazer o conhecimento. Deus está lhe dando mais uma chance, John Albert Windsor Tasting. Reconheça-a."
John olhava atônito para o anjo. Era inacreditável; mal conseguia compreender metade das palavras que o anjo dizia. Era, obviamente, uma mentira.
"Pense, John. Se está vivo até hoje, não é por pura sorte."
A luz tornou-se ofuscante novamente, cegando John, e quando parou, era só escuridão novamente. E John continuou ali, sentado, confuso, sem saber o que pensar.
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